6 de abr. de 2011

Pessach-- os símbolos e motivos numero 5- o seder

Pessach-- os símbolos e motivos numero 5 - o seder

                      
Caros leitores,

Pessach está chegando. Já estamos sentindo todos os preparativos.

um guia sobre as partes do seder, Chag HaPessach kasher vesameach!




copo de kidush

• Kadesh

Para que transformemos a mesa em que comemos em uma máquina do tempo, começamos falando as palavras

do kidush. Esta bracha do vinho marca o início do feriado de Pessach e brindamos, com D’us, o início de uma

época especial. Na Tora, D’us fez quatro promessas ao povo judeu: “Eu os tirarei”, “Eu os salvarei”, “Eu os redimirei” e

“Eu os tomarei por meu povo” (Êxodo, 6:6 – 7). Assim, também no seder, há quatro copos de vinho; cada copo simboliza

uma das promessas e, com o primeiro copo, começamos o caminho rumo à Liberdade.

• Urchatz

Urchatz é uma lavagem ritual e nada tem a ver com higiene: tem a ver com limpeza espiritual. É um ato de preparação

para o seder, e é o único ritual que fazemos antes de começar o seder.
keara de pessach


• Karpas

Karpas, o salsão, é um aperitivo, o primeiro gostinho da refeição e deixa-nos com a expectativa do que está por vir.

Pessach é uma festa da primavera, pois esta é a estação vigente em Israel nesta época. A essência da primavera é o crescimento

de vegetais verdes e, então, tomamos uma folha verde e mergulhamos na água com sal antes de comê-la. O gosto

com o qual o seder se inicia é o gosto das lágrimas (da água salgada), que estimula nossa memória, para relembrarmos

a escravidão. Começamos a retornar, em nossa máquina do tempo, mergulhando o karpas nas dores do Egito. Pode-se

usar a batata, cebola ou rabanete.

• Iachatz

Este é um ritual sem palavras. Tomamos a matza do meio das três matzot do seder e a quebramos ao meio,

escondendo metade. Esta metade é chamada afikoman e será escondida para que as crianças a “redimam” depois. Todos

sabem que quem a encontrar receberá uma recompensa. A história de Pessach também é contada pelo afikoman. Matza

é feita apenas de farinha e água; é o alimento mais simples que pode existir, sendo chamada de lechem oni, o pão da

aflição. A mágica de Pessach está na comida mais básica, farinha e água, onde encontramos a Liberdade.

• Maguid

Maguid, do mesmo radical hebraico da palavra Hagada, significa, relato. Em quatro passagens, a Tora fala da mitzva

de contar a história da saída do Egito: Êxodo 12:26, 13:8 e 13:14 e Deuteronômio 6:20. O Maguid é composto por 12

textos que contarão a história. Um desses textos é o Ma Nishtana, as quatro perguntas, feitas pela criança mais jovem no

seder. O caminho para a Liberdade começa com perguntas. Quando a Tora nos diz, quatro vezes, para contar a história,

ela nos leva a responder perguntas: “Quando seu filho perguntar...Você deverá responder... Fomos escravos do Faraó no

Egito e D’us nos retirou de lá ...” (Deut: 6:21).

• Rachtza

Estamos livres; já saímos do Egito. Já podemos celebrar! Rachtza é um ritual de purificação: lavamos as mãos mais uma

vez., recitando a bracha correspondente e, então, estamos prontos para comer.

• Motzi

Qualquer refeição judaica começa com pão, quando recitamos uma bracha, agradecendo a D’us por fazer os alimentos

saírem da terra.


• Matza

A bracha é um ponto de luz, chamando nossa atenção para um momento todo especial. O momento de comer a matza é um

desses: traz consigo o sabor da aflição e da libertação, ao mesmo tempo. Estas duas brachot são recitadas juntas. Trocamos a

experiência diária de comer pão, pela experiência singular de sentir o primeiro gosto da matza daquele ano.

• Maror

Quando comemos maror, a raiz forte, primeiro assustamo-nos com seu gosto muito amargo. Na segunda dentada,

já estamos até vermelhos! Com sua amargura, o maror traz a memória da experiência da escravidão.

• Korech

Em Pessach, muitas transformações acontecem. É a lembrança da escravidão nos conduz à libertação. O pão da

aflição transforma-se no pão da liberdade. Hilel transforma a história de Pessach em um sanduíche. De uma só

vez, provamos o amargo do maror e da escravidão, o doce do charosset, que lembra a argamassa do trabalho, e a

matza, o pão ázimo não fermentado.

• Shulchan Orech

O primeiro seder da história foi uma refeição familiar. Junto ao korban, sacrifício, de Pessach, sentavam e falavam sobre

a Liberdade que acabara de começar e sobre a redenção que viria. Fazemos o mesmo, hoje. Comer juntos é a essência

da celebração.

• Tzafun

Há pouco, o afikoman foi escondido; as crianças esperaram um bom tempo até que pudessem agir. O afikoman,

serve, também, para mantê-las interessadas e curiosas durante o seder. Quem encontra o afikoman recebe um presente

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(afikoman, em grego, significa sobremesa).

• Barech

Pessach fala, também, sobre o futuro. A esperança é a chave para a Liberdade. Os judeus passaram por muitos Egitos

diferentes. Cada um de nós tem a sua própria experiência de escravidão. A redenção do Faraó é a prova de que outras

redenções virão. Como todas refeições judaicas, o seder termina com birkat hamazon, a benção após as refeições. Essa

é a terceira bênção, a que nos lembra a promessa Divina “Eu os redimirei”.

• Halel

Eliahu Hanavi é o símbolo do futuro judaico. É o profeta que nunca morreu; a lenda garante que voltará para anunciar

a redenção final. Também simboliza a era da Paz, Liberdade e Prosperidade que virá. No seder, deixamos um quinto copo

para Eliahu. Halel exalta D’us, agradecendo-lhe pelas redenções que conhecemos e pela esperança pelo futuro.

• Nirtza

A quarta promessa de D’us determinou uma relação: “Eu os tomarei por Meu povo”. A quarta bênção, portanto, celebra

esta promessa. Nossa experiência nos uniu como um povo ligado a uma visão histórica de D’us. O seder termina com

nosso pedido a D’us: Leve Seu povo logo, logo, para comemorar Pessach em Ierushalaim.


Espero que vocês tenham apreciado esta série de artigos

até a próxima.

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